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Entrevista | VICKA por Lênia Luz

Vicka é cantora, compositora e instrumentista. A artista paranaense nascida em Cascavel já completou mais de 10 anos de história com a música. Vicka começou a se apresentar aos 12 anos, teve suas primeiras canções gravadas em estúdio aos 16, e hoje com 24 anos se destaca entre os artistas da nova geração. Sua voz doce, o violão em punhos e a mensagem de resiliência são as marcas da artista que ganhou o Brasil após viralizar o sucesso “Pausa” em abril de 2020.

A cantora estreou nas plataformas em 2018 com seu álbum intitulado ‘CONCRETO’. Com um repertório de 7 faixas autorais, produzidas e gravadas pelo produtor Luciano Veronese, explorou sua musicalidade com uma sonoridade acústica e experimental. Após um período morando e tocando seu repertório pelas ruas e bares da capital Irlandesa, Dublin, Vicka retornou ao Brasil, e em 2019 entrou para o time de artistas da gravadora Midas Music, do renomado produtor musical Rick Bonadio. Desde então vem lançando singles e videoclipes nas plataformas digitais e se destacando nas redes sociais. A cantora já soma 2 milhões e meio de visualizações em seus clipes no YouTube e sua música ‘Pausa #omundoprecisadepausa’, que já superou a marca de dois milhões de streamings só no Spotify, já foi executada em programas televisivos como Teleton, do SBT, e Caldeirão do Hulk, da Globo. Recentemente, a canção 'Pausa' ganhou uma versão acústica disponível em todas as plataformas, exatamente um ano após a primeira versão lançada.

Um dos seus últimos trabalhos, o single intitulado “Cafeína’’, produzido por Renato Patriarca e com direção artística de Rick Bonadio, é uma declaração de amor ao café, e que pode ser até interpretada como se fosse realmente para alguém. É uma canção sinestésica, provocativa, e feita com muita verdade. A harmonia cíclica gera uma sensação de algo que se repete, como se fosse um vício, o que fortalece o sentido da letra. É forte e intensa, assim como cafeína.

Dentro do pop MPB que é o fio condutor de suas composições, a artista coloca nas canções suas reflexões e percepções do mundo. ‘Com licença poética, conto histórias e canto sentimentos’, conclui Vicka, que encarou a missão de encorajar pessoas com grandeza e simplicidade. Talvez por isso que sua música toque muito além de nossos ouvidos, mas seja um bálsamo para nossas almas em tempos tão turvos e recheados de incertezas.


Lênia Luz: Como a música entrou na sua vida e quando você compreendeu que era essa a sua profissão?

Vicka: Aprendi a tocar com 10 anos por incentivo dos meus pais, a música sempre foi um motivo de alegria na minha família, sempre presente nos encontros de amigos e festas. Esse ambiente me cativou pra aprender a tocar e cantar, quando comecei a me apresentar nos bares e sentir como minha voz e minha energia eram capazes de levar alegria pra pessoas através da música eu senti que havia algo de muito especial no que eu estava fazendo. Com o passar dos anos fui descobrindo que escrever canções também fazia parte da minha maneira de expressar meus sentimentos e quando minhas músicas começaram a impactar as pessoas eu tive certeza de que esse era o caminho que eu queria seguir na minha vida.


LL: Você recebeu apoio para seguir adiante com sua vocação musical?

V: Sim, minha família sempre me apoiou, inclusive foi meu pai que me ensinou os primeiros acordes no violão. No começo viam a música como uma diversão, mas quando comecei a receber reconhecimento externo meus pais viram que a música podia ser muito mais que um hobby.


LL: De onde vem a inspiração para compor? Tem alguma técnica?

V: De tudo. Da vida, das histórias, dos sentimentos. O segredo é estar atento aos detalhes, tudo pode virar música, isso depende de como você vê o mundo ao seu redor. Acredito que a constância faz a excelência, compor com outras pessoas e estudar as músicas melodicamente e harmonicamente te da uma base pra você escrever suas próprias canções.


LL: Ser jovem e ser mulher no mundo das artes é mais desafiador ou você não vê diferença?

V: Às vezes sinto que algumas pessoas subestimam uma mulher tocando e cantando e falando sobre o que sente, o que quer, mas isso pode ser um ponto positivo. Gosto de encarar como uma quebra de expectativa. Surpreender pode ser muito bom.


LL: Com a pandemia o que mudou na sua carreira?

V: Muita coisa mudou durante a pandemia, houve uma mudança de planos, algumas expectativas foram frustradas, mas por outro lado tive uma inspiração sobre o que esse momento significa pra nós. Escrevi uma canção que teve uma relevância positivamente inesperada nas redes sociais, o que possibilitou ampliar expressivamente meu público e as pessoas que consomem minhas músicas e meu conteúdo nas redes.


LL: Quem foi, ou é, sua grande influenciadora na música?

V: Tenho vários artistas que me influenciaram, posso citar Rita Lee como referência principal nas melodias e letras, Kid Abelha, MPB no geral, canções que aprendi quando estava começando a tocar e cantar até hoje fazem parte do meu repertório melódico na hora de escrever minhas próprias músicas.


LL: Com qual cantora da atualidade que você gostaria de compor uma música e por quê?

V:: Lorena Chaves, porque me identifico muito com a maneira que a histórias são contadas nas letras dela, a sonoridade e melodias, acho que seria uma mistura muito criativa e positiva.


LL: O que você diria as mulheres que estão batalhando na área musical? Dê 3 dicas para elas não desistirem!

V:: A primeira é seja autêntica, cópias não tem vida longa na música. Segunda dica é nunca parar de aprender e buscar coisas novas musicalmente. Terceira é se conectar com outros artistas que também estão seguindo carreira e que podem agregar na sua música. Fazer parcerias é muito importante para o crescimento da cena.


LL: Deixe uma música para nossas leitoras se inspirarem!

V: Vou deixar uma canção minha que fala sobre a força feminina: ELA É DELA


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